PROPOSTA EM UM 'LAMPEJO'

Este Blog tem por finalidade servir como um "Diário de Bordo" do Veleiro Lampejo. Passeios, viagens, velejadas, manutenções e dicas a respeito do barco, um DELTA 26 e sobre a região do Litoral Norte/SP, Paraty, Angra dos Reis, Ilha Grande e Rio de Janeiro.
Assim como no blog anterior veleirogaipava.blogspot.com.br , durante 10 anos, espero que este sirva de estímulo às pessoas que desejam entrar nesse maravilhoso mundo da Vela de Cruzeiro.
Uma ressalva: 'O ministério da Saúde adverte: velejar causa dependência!!'
BONS VENTOS!!

sábado, 25 de abril de 2020

4 DIAS DE ISOLAMENTO PARTE III




Veleiro SURF



Fotos do Lampejo por Aurélio Paiva



Hermes emprestando todo seu conhecimento!!

Chuveirinho onde não deveria estar.

Motor do Hermes

Terceiro dia consecutivo de velejada. Novamente o Hermes estava presente. A idéia era ajustar os brandais de força que estão muito folgados. No vento forte o de sotavento balança mais que o desejado. Ferramentas na mão, cerveja na geladeira, ventinho acanhado e assim zarpamos com Mestra e motor no Neutro.
Antes disso, o meu Mercury 3.3 deu pau, quando fui buscar o Hermes na prainha. Parou de sair água do arrefecimento. Isso nos obrigou a usar o motor dele que foi buscar em sua casa no Perequê. Do outro lado da cidade. Boa vontade e amizade são ítens que não faltam por aqui.
Feito isso, motoramos bem pouco dessa vez e logo abrimos a Genoa. Para executar a regulagem, um dos tripulantes deve ficar no leme e o outro, vai apertar o terminal esticador de sotavento, mas o vento era tão pouco, 5 nós que o brandal nem se mexia....
Tivemos que adiar nossa faina e ficamos velejando e aproveitando o dia que estava de sol pleno.
O veleiro Surf do Aurélio estava por ali também. Aliás, as fotos do Lampejo que aparecem são de sua autoria!!
Velejamos 15,7 MN e retornamos para poita no final da tarde. Tudo correu tranquilo, deixei o Hermes na prainha.
O ponto triste fica por conta do chuveirinho de popa que quebrou. Saiu na minha mão quando ia tomar banho. Corri para desligar o pressurizador para não alagar o poceto e não desperdiçar água doce. A mangueirinha entrou para dentro de um compartimento 'estanque' e ainda não sei o que fazer. Por hora não se toma banho a bordo.
Dia seguinte, acordei cedinho e dei 'uma geral' no Lampejo. Trabalhei bastante, afinal, velejar é consertar o barco em lugares exóticos!!
E, num Lampejo, voltaremos!!

4 DIAS DE ISOLAMENTO - PARTE II - VELEJADA SOLO




Concentrado....
A noite foi tranquila, dormir a bordo do Lampejo é mais agradável que dormir no Gaipava. São embarcações diferentes em vários aspectos como casco, deslocamento, mastreação, velame, motorização, etc....
O amanhecer foi lindo, céu absolutamente azul, friozinho, tomei meu 'cafézinho', comecei a preparar o Lampejo para uma velejada solo que seria a primeira de muitas que virão!!
Já ventava um pouco mais do que gostaria para uma estréia 'solo', mas nada que assustasse. Apenas um aviso para as cautelas de praxe.
Liguei o Yanmar, subi a mestra, amarrei o bote na poita, preparei croque, VHF portátil, água no cockpit, enfim, toda minha rotina costumeira para sair sozinho.
Já ventava quase 10 nós de SE com algumas rajadas. Confesso que até pensei em desistir, pois não estava muito seguro,mas era só um passeio 'in shore' então lá fomos nós!! Lampejo e eu!!
Pude verificar que o leme responde muito mais rápido que o atoll, o manejo das escotas da mestra são bem diferentes em razão das catracas self-tailing, o enrolador de genoa deu uma 'engripada' e não quis forçar, então velejei com a vela de proa um tantinho enrolada.
Dei vários bordos e jaibes e pude verificar uma manilha que eu troquei no pé do mastro, onde a escota teimava em enroscar. Tive que largar o leme várias vezes e ir até o mastro tirar o enrosco.
Isso me aborreceu, pois não era prá acontecer, mas bastava trocar a manilha por um mosquetão. O que foi feito no dia seguinte.
Mas para a velejada solo de estréia já estava bom. Resolvi voltar para poita 2 horas após ter zarpado. A chegada foi motorando e absolutamente tranquila. Bem mais fácil que no Gaipava no manejo do motor de popa. Velejei aproximadamente umas 6 MN com muitas manobras efetuadas para ir afinando os comandos.
Até!!

4 DIAS DE ISOLAMENTO - PARTE I

Caros Tripulantes, em meio à Pandemia Covid19 ou Gripe chinesa como queiram, decidi ficar uns dias a bordo do Lampejo. Então, de 21/abril até 24 lá estava eu para manutenção e alguma velejada.
Para este primeiro dia, como de hábito, estava presente o Hermes Pacini sempre ativo e 'padrinho' do Lampejo, pois com ele e sua vasta experiência, preparamos o Lampejo durante 5 dias em Niterói e depois viemos até Ubatuba trazendo o barco em segurança.
Ótima companhia, cerveja, 'papo de popa' e velejada!!
E assim foi feito. Saímos motorando, com mestra em cima, com destino a Ilha dos Porcos pequena, afim de fazer o Yanmar trabalhar e carregar as baterias. O mar estava tranquilo, dia de sol, um certo friozinho de outono e assim fomos indo.
Alguns veleiros deixavam a Almada em sentido inverso, em contraste com o azul do céu, o veerde do mar e as velas brancas deslizando suavemente.
Pouco antes de chegar, demos um bordo, abrimos a  Genoa, uma brisa se apresentava e iniciamos a volta 'na vela'.
Já na enseada do Itaguá, ficamos a velejar prá lá e prá cá, com ventos fracos mas constantes de uns 5/6 nós.
Velejada absolutamente tranquila e sem intercorrências.
Pegamos a poita por volta de 16:30 tendo velejado 25 MN. Nada mal para um passeio.








Gaipava aguardando Thiago vir buscá-lo.

Deixei o Hermes na Prainha, a Maria foi me levar o 'rancho', voltei ao Lampejo para uma noite de sono tranquila. 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

MANUTENÇÃO E CACHIMBADA

Porta-treco no guarda-mancebo 

Motor no suporte: Perfeito


Amanhecer no Itaguá

Porta-treco dentro do armário do banheiro

Porta-treco dentro do paiol do cockpit

Cachimbando na cabine.





Caros tripulantes: na segunda, 13 de abril, fui ao Lampejo para as manutenções de praxe, já que velejar tá meio difícil em razão da quarentena.
Até poderia, mas se tivesse qualquer problema, não teria a quem recorrer e estaria sozinho, então como ainda tenho muitas coisas por fazer no barco, preferi ficar na poita mesmo.
Fui cedinho, 7 horas já estava a bordo. A Maria me deixou na prainha, desci o bote, geladeirinha, motor e lá fui eu preparado para trabalhar a bordo e pernoitar.
Coloquei diversos 'porta trecos' no armário do banheiro, no paiol do cockpit, no guarda mancebo, refiz a amarração dos encostos da linha de vida, coloquei elásticos ajustados na capa azul que cobre o barco, pendurei o 'puxa-saco', coloquei o Mercury no suporte novo e descobri que não é tão fácil de fazer sozinho...e ainda fui ao Gaipava prá abrir um pouco a cabine e tirar água do poceto.
Em meio a isso tudo, liguei o motor Yanmar e deixei funcionando um pouco.
E cachimbei bastante também!! Já fumo cachimbo há 38 anos, moderadamente.... e até gravei um pequeno vídeo que o pessoal do grupo de cachimbeiros me pediu.
O pernoite foi tranquilo apesar das rajadas mas depois passou, deixando o mar meio picado e com marolas grandes.
Dia seguinte mais algumas pequenas coisas, o amanhecer foi lindo e já quase na hora de ir embora o pessoal que faz a limpeza dos barcos me chamou e avisou que a poita do Gaipava, aliás, a poita onde ele está e que pertence a um casal muito simpático, Guilherme/Ana estava com o cabo poído e por cautela deveria ser trocado. Aproveitando que o Gian estava por lá, rebocamos o Gaipava com nossos dois botes e o colocamos na poita do Aloha onde deverá permanecer até que o Thiago venha buscá-lo.
É isso!! Na próxima vez começo a lixar e envernizar todas madeiras do cockpit como porta do gás, beiral da porta do paiol, antepara da bússola etc....
Até lá e que Deus proteja a todos!!